Queria eu não ser tão preso às pessoas. E que elas se importassem demais por mim a ponto de quererem a minha vida... Não, não leiam isso. Só sou um adolescente emburrado com algumas coisas. Eu não passo de um tolo que leva a vida na esperança de que suas ilusões se tornem reais. Não sei de quem é a culpa, na verdade não precisa de um culpado para isso. A vida não é assim, meu caro, onde você pensa que há um culpado pelos fatos e um que sofre tais consequências. A vida, essa linda traiçoeira, é assim horizontal. Não precisa subir escadas para chegar lá em cima. Basta andar reto - de vez em quando, quem sabe, dar umas viradas - que então você se encontrará ou se perderá... tudo depende das consequências que não existem. É tudo tão dependente e eu aqui querendo me livrar de algo que todos almejam. Não almejam para si, o desejam em mim para que depois usem, abusem e depois caminhem felizes. Enquanto eu fico aqui escrevendo.
É bom parar com esses dramas aborrecentes porque é assim mesmo que tudo funciona (se é que é preciso funcionar).
Neste instante estou melhor, escrevendo expurgo as minhas angústias. O engraçado que eu preciso que elas se acumulem para que eu possa fazer tal ato. Não consigo pensar em uma frase quando tenho em mente angústias banais (todas são). Se angustiar para quê? Seria ótimo engolir tudo e continuar aí servindo aos outros.
É estranho... eu em uma de minhas conversas comigo, decidi sentir tudo que a vida pode me oferecer e não negar nada. Até o exato momento não neguei e também não quero fazer isso. Porém, vivo a reclamar. Talvez reclamar seja uma das sensações que vida nos dá. Reclamo e reclamo mesmo, pena que é uma reclamação interna onde só há uma ditadura visceral do meu coração fraco.
Nesse momento me sinto como Clarice... Quem me dera eu realmente sentir isso.
Eu só quero e quero... Querer é o mal da sociedade.
Não sou Clarice, ela odiava os textos dela depois de prontos... sou um.