domingo, 31 de maio de 2015

Dor de Lua

Eu me apaixonei. Eu criei esperanças. Eu nutri um mal. Eu desacreditei. Reacreditei. Eu fui e não consegui mais voltar. To preso em uma casa no interior de uma cidade e só vejo a lua. A mesma lua que um dia escrevi para você. Tento seguir, mas a cada passo uma lágrima, cada lágrima uma lembrança, cada lembrança um grito mudo. Tento seguir, mas tenho recaídas. Caio na lama e me sujo de você. Eu já consegui um dia escrever e escrevia coisas lindas, mas hoje não. Parece que a culpa é toda sua, só que não é. A culpa é minha por ser fraco. Por me prender em uma casa do interior enquanto existe do outro lado uma capital inteira a minha espera. Mas eu gosto da casa do interior e que só tenho agora em pensamento. Falando nisso... ele tem ficada cada vez mais ralo e aos poucos eu não me lembro mais da sua voz, do seu rosto, do seu cheiro. Só tenho ideias. Enquanto isso você está vivo, mais ainda: você está alegre. Porque para você eu fui um peso e pra mim você era liberdade. Que seja feliz, pois eu ainda serei. Só estou esperando a lua ir embora. 

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